As dez maiores personalidades do e-sport brasileiro em 2015

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As dez maiores personalidades do e-sport brasileiro em 2015

O cenário competitivo de esportes eletrônicos envolve milhares de pessoas, dos fãs aos donos das organizações, dos espectadores aos funcionários das desenvolvedoras. Cada uma tem sua contribuição para o crescimento dos e-sports. Neste ano, olhando para os acontecimentos de 2015, o MyCNB decidiu escolher as dez mais importantes personalidades da temporada, aquelas que tiveram feitos e influências impactantes em suas áreas.

Confira a nossa lista, em ordem:

10º – afc

Capitão, Alex “afc” Costa é o líder do INTZ, o melhor time brasileiro de CrossFire da atualidade. Campeã das duas edições do Campeonato Brasileiro deste ano, a equipe representou o País no CrossFire Stars, o Mundial da modalidade. Ele está por trás do sucesso dos companheiros, assumindo a responsabilidade, inclusive, por mudanças polêmicas, como quando o INTZ dispensou João “j0w” Paulo, em junho. O jogador demitido reclamou nas redes sociais, criticando afc, mas depois se entendeu com o capitão, pelo menos publicamente.

Afc também esteve no centro das atenções quando a equipe venceu a seletiva para o PAX Prime, nos Estados Unidos, julho, em meio a acusações do Dai Dai Gaming de interferência da direção do INTZ no torneio. Lutando pelo crescimento do cenário competitivo de CrossFire, afc foi até contra a exclusão de um jogador do g3nerationX por gestos obscenos na final do 2º Split do Campeonato Brasileiro. Preferiu definir o título na bala, sem nenhum tipo de favorecimento. Venceu e se manteve no topo – no jogo e na personalidade.

Referência, afc é capitão da melhor equipe de CrossFire do Brasil (Foto: Divulgação)
Referência, afc é capitão da melhor equipe de CrossFire do Brasil (Foto: Divulgação)

9º – felippe1

Em tempos de rivalidade exacerbada, poucos jogadores conseguem ser unanimidade entre todas as torcidas. Membro do time de CrossFire do paiN Gaming, Felippe “felippe1” Martins é um desses cyber-atletas com trânsito livre em toda a comunidade. Ele conquistou isso porque, mais do que à sua própria equipe, se dedica ao CrossFire e faz o que for possível pelo crescimento da modalidade. Prova disso é que costuma ser um dos “conselheiros” da Z8 Games, empresa responsável pelo jogo, e ainda tem o desprendimento de torcer por outras equipes brasileiras, ainda que rivais, em torneios internacionais. Foi assim com o INTZ quando o time disputou o Campeonato Mundial.

Nas redes sociais, felippe1 tem contato próximo com os torcedores e costuma informar sobre os principais acontecimentos do cenário, não apenas de seu time. Dificilmente entra em polêmicas e se mantém no topo do cenário há anos. Com gentileza, dedicação e amor ao CrossFire, fica fácil.

felippe1 é um dos mais conhecidos cyber-atletas do CrossFire no Brasil (Foto: Agência X5)
felippe1 é um dos mais conhecidos cyber-atletas do CrossFire no Brasil (Foto: Agência X5)

8º – Maka

Funcionário da Riot Games Brasil, Filipe Makarausky, o Maka, é um dos principais responsáveis pela operação doCampeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL). Ele começou na área de marketing da empresa, mas se transferiu para o departamento de esportes eletrônicos, onde se destacou e apareceu para o público, comandando o andamento de partidas e campeonatos nesta temporada. Maka organiza os jogos dentro do estúdio da Riot, em São Paulo, e cobra os jogadores para cumprirem as regras. Ele também acompanha os cyber-atletas brasileiros em competições internacionais, aparecendo, muitas vezes, nas transmissões como tradutor. É exaltado e lembrado com carinho pelos jogadores.

7º – Keoma

Modalidades não tão populares chamam atenção quando contam com bons representantes brasileiros. É assim nos esportes tradicionais, como no surfe, na recente “brazilian storm”. Foi assim com Keoma Pacheco, brasileiro que participou do Campeonato Mundial de Street Fighter. O jogo de luta faz parte da história da maioria dos gamers, mas ainda não é tão disseminado como esporte eletrônico no Brasil. A ótima campanha de Keoma no Mundial, onde ficou entre os oito melhores do cenário internacional, pode ajudar a proporcionar o reconhecimento necessário a um dos games mais divertidos de se praticar e assistir.

Keoma surpreendeu no Mundial de Street Fighter, entre os oito melhores (Foto: Divulgação)
Keoma surpreendeu no Mundial de Street Fighter, entre os oito melhores (Foto: Divulgação)

6º – BiDa

O crescimento do Counter-Strike Global Offensive no Brasil levou ao surgimento de um ícone da narração brasileira. O caster Bernardo “BiDa” Moura conquistou o público com seu jeito despojado e simples de narrar. Os problemas de dicção não o atrapalharam, na medida em que isso o humanizou, ainda mais levando-se em consideração que, por muitas vezes, BiDa fez as transmissões absolutamente sozinho. Não é para qualquer um levar uma transmissão sem apoio de comentaristas. BiDa fez isso com maestria, chegando a ser elogiado por outras comunidades fora do CS:GO e por profissionais da área no League of Legends. Em 2015, BiDa foi a voz do Counter-Strike no Brasil.

BiDa é a mais conhecida voz do Counter-Strike nacional (Foto: Saymon Sampaio/GA)
BiDa é a mais conhecida voz do Counter-Strike nacional (Foto: Saymon Sampaio/GA)

5º – Revolta

Com personalidade, Gabriel “Revolta” Henud colocou fim à hipocrisia das transferências de cyber-atletas em 2015. Quando, surpreendentemente, anunciou que estava deixando o time de League of Legends do INTZ, no auge de sua performance, para assinar com o Keyd Stars, o Jungler deixou claro que a proposta da equipe concorrente tinha sido bem melhor. Com isso, escancarou o que nenhum outro jogador tinha tido coragem de falar até então: o dinheiro é importante, sim, ainda mais em uma curta carreira, como é a de um cyber-atleta.

Ele pensou no futuro e, depois de um Split não tão bem sucedido como o anterior, decidiu voltar atrás e entrou novamente para o INTZ, três meses após ter saído. Com personalidade, Revolta buscou o melhor para a sua vida e não se importou com os julgamentos da comunidade.

Revolta tomou decisões difíceis em 2015 e não se importou com críticas (Foto: Riot Games)
Revolta tomou decisões difíceis em 2015 e não se importou com críticas (Foto: Riot Games)

4º – Gaules

Alexandre “Gaules” Borba teve sucessos, fracassos e polêmicas em 2015, mas não se furtou de tentar ajudar o cenário competitivo, de defender o g3nerationX e de colocar o dedo na ferida, com sua experiência de mais de uma década dedicada aos esportes eletrônicos. Antes apenas organizador de eventos como a X5 Mega Arena, Gaules voltou às competições ao reabrir o lendário g3x e entrar para o League of Legends, em maio.

Liderou uma equipe polêmica, cheia de imperfeições, mas que foi pura sinceridade, pondo fim à imagem (muitas vezes de fachada) de bons samaritanos que permeia os jogadores de League of Legends. Ele também ousou e desafiou a Riot Games Brasil, ao ameaçar a empresa de processo por conta da suspensão (considerada injusta pelo executivo) de Lucas “Krow” Rabaça. Nos bastidores, é um dos mais ativos executivos atuando em defesa dos direitos das equipes. Ele está por trás também da arena de e-sports MAX5, que pretende ser a maior do gênero no Brasil. Entre acertos e erros, Gaules não deixou de dar a cara a tapa.

Gaules desafiou a Riot Games Brasil e tem atuado em defesa das equipes (Foto: MyCNB)
Gaules desafiou a Riot Games Brasil e tem atuado em defesa das equipes (Foto: MyCNB)

3º – YoDa

Não é preciso conhecer Felipe “YoDa” Noronha de perto para concluir que 2015 foi um ano transformador para ele. Já reconhecido pelas streams divertidas, mas ainda restritas a um pequeno público quando era do IMP e-Sports, o Mid Laner conquistou status de estrela ao entrar para o time de League of Legends do CNB e-Sports Club em abril. Foi a primeira oportunidade dele em uma equipe profissional, que YoDa agarrou com unhas e dentes. Dedicou-se e, ainda que não tenha tido performances memoráveis, melhorou muito como jogador.

Mesmo com a ocupada vida de cyber-atleta, não deixou de fazer streams. Pelo contrário: aproveitou a maior popularidade proporcionada pelo CNB e tornou suas transmissões ainda mais atrativas, com diversão e risos garantidos aos espectadores. Dono de carisma singular e bordões chiclete, YoDa criou um canal no Youtube que logo passou de 100 mil inscritos, deu início a uma loja de roupas, engajou-se em campanhas de caridade e impulsionou a carreira de showman em 2015, conquistando uma legião de novos fãs.

De abril a dezembro, YoDa multiplicou popularidade com carisma ímpar (Foto: Riot Games)
De abril a dezembro, YoDa multiplicou popularidade com carisma ímpar (Foto: Riot Games)

2º – brTT

Nesta temporada, Felipe “brTT” Gonçalves realizou um de seus maiores sonhos: campeão nacional pela segunda vez, com o paiN Gaming, teve a oportunidade de representar o Brasil no Campeonato Mundial de League of Legends, o que não havia conseguido na primeira vez em que levantou o troféu do CBLoL. Mais do que isso, ajudou a equipe a fazer a melhor campanha de um time de International Wildcard no World Championship, inclusive com vitória sobre um de seus ídolos, Yiliang “Doublelift” Peng, do Counter Logic Gaming (CLG).

Se dentro do jogo brTT voltou a se destacar, inclusive sendo eleito pelo júri do MyCNB Awards 2015 como o melhor AD Carry da temporada, fora dele o jogador continua sendo um astro do marketing. Com a assessoria da namorada, Giuliana Capitani (que inclusive pediu em casamento, ao vivo, em transmissão do Mundial), cativa o público como pouquíssimos jogadores conseguem e conquista o carinho dos fãs, mesmo tendo fama de bad boy e momentos de rebeldia. E, como homem do marketing, sabe capitalizar a legião de apoiadores que tem, impulsionando a sua marca de roupas e apostando em um canal do Youtube, atualmente com mais de 150 mil inscritos. Em 2015, brTT consolidou de vez seu nome e pavimentou um futuro igualmente promissor. Ele sabe que, no dia em que o machado parar de rodar no cenário competitivo, terá como continuar vivendo dos e-sports e para os e-sports.

Cativando o público como poucos, brTT consolidou seu nome em 2015 (Foto: Riot Games)
Cativando o público como poucos, brTT consolidou seu nome em 2015 (Foto: Riot Games)

1º – FalleN

Gabriel “FalleN” Toledo talvez nem esteja no topo de sua forma, mas carregou o cenário brasileiro de Counter-Strike Global Offensive inteiro nas costas em 2015. Inteiro. Já não é de hoje que ele é um militante ferrenho da modalidade (lembra-se de quando FalleN mandou mensagens diretas para a Valve pedindo investimentos no Brasil?), mas, nesta temporada, FalleN decidiu, por si próprio, fazer as coisas acontecerem. Comandou sua equipe, impulsionou a Games Academy, levou time para os Estados Unidos, divulgou campeonatos e muito mais.

Em fevereiro, quando o cenário nacional de CS:GO era praticamente inexistente, FalleN e os companheiros, na época naKaBuM, decidiram arriscar a continuar nos Estados Unidos depois de dois campeonatos e arrecadar dinheiro para participar do classificatório da ESL One Katowice. Com a ajuda da comunidade – inclusive internacional -, o time conseguiu o montante necessário e participou da competição na Polônia. Desde então, tudo aconteceu muito rápido, e os convites para eventos internacionais não pararam de aparecer, até que os brasileiros se mudaram para os EUA para participar da liga ESL ESEA Pro League. Um movimento que nunca havia acontecido.

O time cresceu de produção, se consolidou na América do Norte e começou a se destacar no cenário internacional. Mas FalleN foi além e, por meio da Games Academy (um projeto seu), deu a oportunidade de uma equipe brasileira também ir para os Estados Unidos, onde treinaria e participaria de torneios.

FalleN levou o Counter-Strike brasileiro nas costas em 2015 (Foto: Carlton Beener/ESL)
FalleN levou o Counter-Strike brasileiro nas costas em 2015 (Foto: Carlton Beener/ESL)

Com duas equipes do Brasil competindo e fazendo bonito no exterior, o cenário nacional parece ter ganhado o impulso que faltava e se desenvolveu muito rapidamente. De longe, FalleN costumava divulgar e apoiar campeonatos no Brasil e ainda cuidava dos negócios da GA. Recentemente, fez ainda mais e decidiu pagar, do próprio bolso, os custos de um time argentino que queria participar da MAX Invitational, evento que acontecerá em São Paulo, em janeiro. Ou seja, quando precisou, pediu ajuda. Quando pôde, ajudou.

Pela paixão ao game, pela dedicação e pelas boas decisões dentro e fora do jogo, FalleN é o cara do esporte eletrônico brasileiro de 2015.
Que tenhamos mais FalleNs em 2016!
O mundo precisa de pessoas que fazem a diferença por suas ações.

Fonte: Acesse o site da My CNB
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